Desprendem-se as palavras
Do peito da Poetisa
Com a mesma simplicidade
Com que cai a folha...
A folha...
Cor do ardor
Que estremeceu
O coração das árvores
Quando o frio
Da realidade se misturou
Ao calor dos sentimentos...
Soltou-se
No seu último
Suspiro de vida
No ramo do poema...
Flutuou no espaço
Corpo de poesia
Meio acordada meio adormecida
Já com um pé no sonho que há-de vir...
E logo veio cair
Aos pés do outono
Adubando-lhe o ventre
Com húmus de primavera!
(Carmen Cupido)
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