Carmen Cupido
Um diminuto berço me recolhe onde a palavra se elide na matéria, na metáfora, necessária, e leve, a cada um onde se ecoa e resvala (Luiza Neto Jorge)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A única luz que se tem
(Foto encontrada aqui: http://sefelia.altervista.org/_altervista_ht/piccola_luce.jpg
Não sou eu, Amor
Quem te escreve cartas de amor
É a dor; a dor, Amor
Que se desfaz
Lacrima palavra que jaz
Nas madrugadas de papel
Onde se deitam os sonhos infantados
No colo das fadas que têm asas de cristal
Ouve a dor, Amor
Vai sentada na garupa da onda
E o seu sorriso de Gioconda
Baixinho te conta
Que a maré alta
Baixa, baixa, me foge da alma
Quando o mar, Amor
Se me retira da pele
Para ir atrás de ti
E me deixa aqui
Ai, razia; Ai, vazia
E sabes, amor?
Para me consolar
De não seres meu
De eu não ser tua
O céu deu-me a lua; o céu deu-me a lua
Mas para quê, amor
Querer a lua
Quando se conta hora a hora
Chamando, rogando a aurora
E se desespera na espera
Porque o sol não vem
E a única luz que se tem
É de cera!
(Carmen Cupido)
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Será de cera?
ResponderEliminarEssa queima os dedos
as mãos em pose de oração.
Será?
cera?
Ou as gotas de amor
que caiem no coração?
Beijinho
João
Leio as tuas palavras, que sem queimar jamais, são luz ainda...
ResponderEliminarUm beijo
AL
A beleza da luz da cera...
ResponderEliminarNa chama das suas palavras!
Bjs dos Alpes
Puxa!!! Deu a Lua, e quando ela está nova, vejo a terra escura, escondida, guardando a semente. Nada se vê... a paixão da lua, é que ela é um tornado de mudanças... sem sol, é uma solteira esperando ansiosamente os parcos breves momentos em que estarão juntos quando Cheia. Aprendemos a olhar com olhos ensinados, e nunca com os olhos reais, e tudo por isso, a existência é uma mar revolto...
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