À janela…
Há rosas amarelas
No peitoril, estrelas
A sugar o sol…
Quão artifício flavescente
Emoção crescente
A estalar na retina…
Até a mínima rosa
hasteia, estrondosa
Seu fulgor fulvo
Vão de braços ao alto
Em áureo sobressalto
A esticar o caule…
E não há espinho que valha
Ou nuvem grisalha
Que desalente o ardor
Há no ar um espanto
Tal é o encanto
Que me pulsa no peito…
Sinto tamanho aperto
Que a minha alma em desconcerto
Engole o suspiro para dentro!
(Carmen Cupido)