segunda-feira, 20 de março de 2023

À Janela...

À janela…


Há rosas amarelas

No peitoril, estrelas

A sugar o sol…

 

Quão artifício flavescente

Emoção crescente

A estalar na retina…

 

Até a mínima rosa

hasteia, estrondosa

Seu fulgor fulvo

 

Vão de braços ao alto

Em áureo sobressalto

A esticar o caule…

 

E não há espinho que valha

Ou nuvem grisalha

Que desalente o ardor

 

Há no ar um espanto

Tal é o encanto

Que me pulsa no peito…

 

Sinto tamanho aperto

Que a minha alma em desconcerto

Engole o suspiro para dentro!

 

(Carmen Cupido)



 

Sem comentários:

Enviar um comentário