Rogo…
Por um
abraço de luz, bênção
Laço doce
de algodão
Que me
sossegue o peito
Como um colo de mãe aveludado onde me deito
Quando
a escuridão
Me
assalta o coração…
Rogo…
Por um
abraço apertado
Repouso
para guerreiro cansado
Num pedaço
de tempo
Onde o
mundo a contratempo
Multiplica
o peso
Que me
retém preso
Rogo…
Por um
abraço possante, encantação
Que me
arranque à assombração
Dos
dias em que a minha alma
Não
encontra nem a força nem a calma
De se
extirpar à desesperança
Quando
me falta a fé e o vazio me cansa
Rogo…
Por um
abraço de anjo
Um
qualquer arcanjo
Que,
por um momento que seja, me dê guarida
Me dê o
descanso que me alenta à vida
Que me
deixe a cabeça no seu ombro encostar
E
guarde silêncio quando me ouvir chorar!
(Carmen
Cupido)
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