Madrigal inflamado
De tulipas que flamejam
Em seu santuário matizado
Vejo-as ondular ao vento
E cada movimento
É uma pausa semibreve
Do meu sopro leve
Suspiro suspenso
Que engulo para dentro…
É tal a embriaguez de cores
A salpicar o vale e a fazer dele
Um palco enrubescido
Onde a brisa e as flores
Num impulso incendido
Arfantes se enlaçam
e o Uno que formam se lança
Num fascinante, quase provocante
Pé de dança
Ao som do espanto
Que o puro encanto
Semeia nos meus olhos!
(Carmen Cupido)
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