Carmen Cupido
Um diminuto berço me recolhe onde a palavra se elide na matéria, na metáfora, necessária, e leve, a cada um onde se ecoa e resvala (Luiza Neto Jorge)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Vives alto ó Sol
(Foto de A. Brito Olhares.com)
Vives alto ó sol, dentro de mim
E eu presa na tua altura
Por fios escorregadios ; braços de cetim
Que se me pousam à cintura
Como escalar o sol, se é tão lasso
O nó desse abraço, leve, frágil enlace
Prestes a desfazer o laço
Vives alto, tão alto ó sol, aqui dentro
Que me perco na vertigem da subida
E dessangrando, já turva, entontecida
Cravo (ai Deus que caio!) as unhas bem ao centro
Sim!Sim!
Ao centro de ti, ao núcleo ardente
De um beijo puro e quente
Da minha boca no teu peito
E sem querer solto, muito sem jeito,
Um Amo-te que se aninha em ti, seu ninho
Como um chilreio suave de passarinho…
(Carmen Cupido)
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Minha querida
ResponderEliminarLindo e profundo o teu poema.
Como escalar o sol, se é tão lasso
O nó desse abraço, leve, frágil enlace
Prestes a desfazer o laço
Como me tocou fundo.
Beijinhos com carinho
Sonhadora