quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sangue nos dedos da palavra casta





















Silêncios mugem
Nas minhas tripas
Como cem cães a um osso
Ladram...

Animais enraivecidos
Ou quem sabe, talvez feridos
De dentes afiados, fincados
Lambem sangue nos dedos
Da palavra casta

Vermes dementes
Rasgam as barrigas
Das chagas antigas
Que abertas de par em par
Vão verter, vão jorrar
Sua mortualha no leito do poema!

(Carmen Cupido)

1 comentário:

  1. Minha querida

    Como sempre um grito forte e profundo em cada poema.

    Deixo um beijinho com carinho
    Sonhadora

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