Olho
a simplicidade da flor silvestre
do
alto da sua singeleza desconcertante.
Herdou
o porte primoroso da Mãe gestante
Que
pariu, esventrada, tal beleza ilustre.
Num
sopro, aos quatro ventos, lançada
raizes
com asas, nasceu do nada.
Um
grão de ninguém que no solo se ateia
A
pincelar os campos que ninguém semeia.
Ela
é fruto, é luz, é flor
do
suspiro profundo, da carícia de amor
do
sol sobre o ventre da Terra
a
emprenhar de vida num secreto tremor
Ó que esplendor; Ó que esplendor!
(Carmen Cupido)
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