domingo, 16 de maio de 2021

O Rugido da Papoila



Não me quero mero adorno de vaso

Ou ornamento delicado em cerceado jardim

Quero ser tudo o que sou e o que sei de mim

Liberdade do Eu em contínuo extravaso

 

Não me quero rosa bela e aveludada

Quero-me antes papoila livre e arrojada

Cor escarlate ao vento ondulante

A inflamar o horizonte com o rugido gritante

De uma Leoa feroz quando instigada

 

Papoila bravia que não se deixa cativar

Ser que não nasceu para se deixar murar

Ornato fútil num qualquer vaso ou jardim

Quero ser tudo o que sou e o que sei de mim!

 

(Carmen Cupido)


 

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