Não me quero mero adorno de vaso
Ou ornamento delicado em cerceado
jardim
Quero ser tudo o que sou e o
que sei de mim
Liberdade do Eu em contínuo
extravaso
Não me quero rosa bela e
aveludada
Quero-me antes papoila livre e arrojada
Cor escarlate ao vento
ondulante
A inflamar o horizonte com o
rugido gritante
De uma Leoa feroz quando instigada
Papoila bravia que não se
deixa cativar
Ser que não nasceu para se
deixar murar
Ornato fútil num qualquer vaso
ou jardim
Quero ser tudo o que sou e o
que sei de mim!
(Carmen Cupido)
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