Este pranto é tão somente meu
Ninguém d'outro o verteu
Nem outra alma teve a piedade
De lhe matar a saudade
Nem o desespero que sofreu
Nem nunca sentiu a ânsia
De viver e amar à distância
Tudo e todos os que ama
Nem o sentimento profundo
De estar só no mundo
Quando a tristeza o chama
E o coração grita um lamento
Que se perde no uivo do vento
Nem nunca exclamou a dor
À melancolia prenunciada
Pelo avassalador temor
De a ver, por mil, multiplicada!
(Carmen Cupido)
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