Se no meu peito ainda late a poesia
E no meu sangue corre o verso sem repouso
Levando sustento ao poema transfuso
Que outrora jazia em avernal amnesia
Se lá mora o sentimento todavia
E lhe sobra sementes à palavra
E a pluma insistente, porém tremente, ainda lavra
A garganta árida e bravia
Se ainda me sobra alento
Para desfolhar as pétalas do tempo
Plantar grãos de calma na alma
E não desesperar na espera
Se, ao cair por terra, a penosa dor
Criou raízes e se fez flor
Então, crê em mim, por favor
É amor...
E se o amor é uma dádiva preciosa
E toda a primavera cabe numa só rosa
Assim tu caberás em mim,
Por fim!
(Carmen Cupido)
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