Meia amargura, meia doçura
Meia laranja que nunca foi
Meia ausência, saudade inteira
Meio amor secreto e puro
Meio castigo agrio e duro
Meia treva no coração
Meia luz na escuridão
Meio canto na voz hasteado
Meio suspiro na garganta travado
Meio respiro que se expira para dentro
Meio alento em desalento
Meio vazio em peito farto
Meia coragem no intento
De te guardar por perto
Corcel alado de voo abortado
Pedaço de mim à força arrancado
Um tudo que ficou em nada
Na ponta da espada
Que a vida brande contra mim
Assim tu és, em mim!
(Carmen Cupido)
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