sábado, 19 de novembro de 2011

O Céu ri




















Por vezes,
Em noites prenhas de sombra e medo
Eu choro! Não é segredo.

E para consolar
As lágrimas que caem no abismo do sono
Prometo-lhes o céu...

E não é que,
A meio caminho do sonho
Uma armada de anjos vem colher o líquido precioso
Que, ao cair dos meus olhos, têm forma de diamante!

Vejo então,
Mil mãos de luz a lançar
Do chão para o ar
Estranhas pedras a brilhar.

Olha!
Parece chuva a chover de pernas para o ar!

Pouco a pouco
A sombra deslavada, vai...
O medo demolhado, cai...

E na noite, antes dolente, agora um sopro quente
Semeia estrelas e o céu
Ri!

(Carmen Cupido)

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