Carmen Cupido
Um diminuto berço me recolhe onde a palavra se elide na matéria, na metáfora, necessária, e leve, a cada um onde se ecoa e resvala (Luiza Neto Jorge)
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Nostalgia
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
O Sossego do Cisne
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
Num Sopro de Criança
Num sopro
Assopra a criança
A esperança
Que o sol se retarde
Naquele fim de tarde
Em que no seu alarde
Se despede o verão
Altivamente montado
Na garupa de um dente-de-leão
À declinação ele ruma
E agora que chegou a outonal bruma
para embaciar a madrugada
Ele é apenas um fino filamento
Engolindo o ressentimento
De não mais ser flava flor
A iluminar com seu esplendor
A fulgente alvorada
Sobe ao colo do vento
Rumo ao convento
Das estações findadas
Vai num sopro de criança
Afincado à esperança
De poder regressar
Da vagarosa vereda
Movimento terrestre
Pelo reino celeste!
(Carmen Cupido)
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
Senectute
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Saudade
terça-feira, 9 de agosto de 2022
Papoila Louca em Bailado Imprudente
terça-feira, 10 de maio de 2022
A Hora Suspendida
Há
Nos meus dedos
Sonhos e segredos a fluir
E espátulas a esculpir
Sóis, luas e estrelas
No alto da minha tela
E a cada vez
Pressinto que o céu
Rasga o seu véu
Espargindo cores
Aclamando amores
E talvez ninando dores
No berço que eu lhes dou
Vejo mundos variados
Alçar-se de fundos esmaiados
E dentre os fios entretecidos
Do algodão cru imaculado
Seres inertes, inanimados
Correm fruir da vida
Na hora suspendida
Em que lhes sinto o coração
Pulsar na cova da minha mão
Tudo isto me vem não sei de onde
Nem sei em que lugar de mim se esconde
Eu não sou nada nem ninguém
Apenas o instrumento de passagem
Entre uma e a outra margem!
(Carmen Cupido)
domingo, 3 de abril de 2022
Naquela tarde de Primavera
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Fulgor
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Rosa Machucada
Obrigada, Amor
Por seres para mim
Esta pura eutimia
Um opus de Chopin
Na sua mais bela
lânguida melodia
Alma Maior
Feita de
Honrosa dignidade
A verter sobre mim
Sua paciente, magnificente
Abnegada bondade
Em forma de rocio dulçor
Guardião lacrimal
A fazer abstração
Do peso da dor
E me envolve
No minuto hibernal
Onde a rosa machucada
No meu peito, prostrada
Teme tanto aflorar
À face da primavera
Que há tanto,
Tanto tempo
Me espera!
(Carmen Cupido)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
Amor Maior
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Ode para almas cansadas
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Auto-Portrait
domingo, 23 de janeiro de 2022
Poesia triste, tristemente declamada...
Alentam-me os teus olhos,
Como dois sóis, eu sei
No alto do céu da minha
alma,
Quando pousam sobre mim
Com a doçura e a calma
Do rouxinol que apruma
Seu pipilo e suas plumas
Encantando-me com o seu
canto
Que me chama à primavera
Que me chama à liberdade
Quando me vê trancada
No fundo da gaiola
Por Motu Próprio
Enjaulada
A orquestrar poesia triste
Tristemente declamada…
Mas como desprender
Tão ressequidas asas
E ao alto aspirar
Refrear o medo, dominar o
ar
Descolar...
Das profundezas escabrosas
Do longo inverno; do longo
inferno
Que me detém; que me retém?
(Carmen Cupido)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Opus