(Foto de Marcio Farias (?) )
Uivante, o silêncio
Que tapa os gritos
Olhos aflitos
De lobo dorido
Que me sou, ferido
Vi-me tormento
Corcel alado, na garupa o vento
Correr veloz, vai nervoso
De alento fugoso
Subir ao céu
Rendido réu
Suplícios meus
Prosternar-se aos pés de Deus
Para saber de ti...
Viro costas ao inferno
Berro alto o lamento ácido terno
É Abril, é Abril
Idosa a lágrima, purpúrea a dor, rio senil
Chorei-te ausente
E o cravo não mente
E o silêncio dormente
Acordou suado
De voz coroado
Da menina em mim
A chamar por ti
Num queixume sem fim
Faço do meu corpo cunho
Carnal ferro punho
E bato à porta do omnipotente
Toc, toc, toc!
(Carmen Cupido)
Lindo poema.
ResponderEliminarE linda imagem.
Esta escadaria faz lembrar a torre de babel, em que os gentios desejavam subir ao céu...
Jinhos
Isabel