(desconheço o autor da imagem mas apelo a quem conheça
porque todo autor merece ver reconhecido o seu trabalho)
Abraça-me,
Como nunca, como ninguém
Faz dos teus braços
Um baloiço de laços
Que me embala
Quando o medo vem
Lá fora, o mundo
Parece ter perdido o fundo
E sem chão, meus pés
Caminham a lés
Perdidos da estrada, perdidos da fada
Que me guiava...
Abre-me os teus braços
Recolhe os pedaços
Das asas que parti
A voar à toa por céus baços
Beija-me a ferida
Quero voltar a casa, ando perdida
Abraça-me,
Como se os teus braços fossem
Um boca à boca que me salvasse
Do ar impróprio, incasto
Do mundo que é vasto
Ai Deus que morro, não respiro
Na garganta, desfalece o último suspiro
Abraça-me,
Apaga, ao dia, a luz
Arranca-me a cruz
Que me pesa no peito
E faz dos teus braços o leito
Onde à noite, guerreira cansada, me deito!
(Carmen Cupido)
Belíssima poesia, muito sensível, emotiva.
ResponderEliminarGrande abraço e sucesso!
Calou bem fundo
ResponderEliminareste pedido d´abraço
do tamanho do mundo.
Olá Carmen,
ResponderEliminarAinda que não tenha este a cor que pretende...
Deixo um Abraço!
E bjs do lado de cá dos Alpes