Carmen Cupido
Um diminuto berço me recolhe onde a palavra se elide na matéria, na metáfora, necessária, e leve, a cada um onde se ecoa e resvala (Luiza Neto Jorge)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
D. Quixote de Pacotilha
(Don Quixote Pen and ink on watercolor paper by Cloudery)
Intima com o abismo
Um pé a escorregar
Dedos a deslizar
Nas costas do obscurantismo
Carícia derradeira que vai medir
A garganta profunda que está a engolir
O meu sonho agonizante
E até a palavra, afiada espada
Do cavaleiro andante
Do poema, perde a bravura
Face à margem escura
Da tua indiferença...
Ai Amor, contra braçadas de desamor
Sou um Dom Quixote de pacotilha
E contra moinhos, não há luta nem crença
Que me valha!
(Carmen Cupido)
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[e para quê os ventos, senão para se acontecerem nos moinhos?
ResponderEliminaro sopro forte, apenas um detalhe...]
um imenso abraço,
Leonardo B.
Minha querida
ResponderEliminarComo sempre lindo e profundo o teu sentir.
Deixo beijinhos com carinho
Sonhadora
"Onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes..."
ResponderEliminarBeijinho
João
Muito boa essa poesia, gostei do estilo.
ResponderEliminarGrande abraço e sucesso!