quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

D. Quixote de Pacotilha





















(Don Quixote Pen and ink on watercolor paper by Cloudery)

Intima com o abismo
Um pé a escorregar
Dedos a deslizar
Nas costas do obscurantismo
Carícia derradeira que vai medir
A garganta profunda que está a engolir
O meu sonho agonizante
E até a palavra, afiada espada
Do cavaleiro andante
Do poema, perde a bravura
Face à margem escura
Da tua indiferença...
Ai Amor, contra braçadas de desamor
Sou um Dom Quixote de pacotilha
E contra moinhos, não há luta nem crença
Que me valha!

(Carmen Cupido)

4 comentários:

  1. [e para quê os ventos, senão para se acontecerem nos moinhos?

    o sopro forte, apenas um detalhe...]


    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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  2. Minha querida

    Como sempre lindo e profundo o teu sentir.

    Deixo beijinhos com carinho
    Sonhadora

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  3. "Onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes..."

    Beijinho
    João

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  4. Muito boa essa poesia, gostei do estilo.
    Grande abraço e sucesso!

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