quarta-feira, 7 de abril de 2010

Azulejo


(Letting go Foto de David Ho )


O poema é martelo
A quebrar o que sou
Em mil estilhaços
Para fazer de mim
Mero azulejo
De um cínico desejo

É-me urgente
Aprender a cair
Sobre o solo
Como se o poema
Fosse colo
Braços fortes como o aço
Berço, terço
Cama, regaço
Onde o Eu
Em pedaços partidos
Cai
Perde os sentidos!


(Carmen Cupido)

8 comentários:

  1. Versos de Cupido

    Azulejos, digo, pedaços de cor,
    apontando desejos e caminhos
    - como lantejoulas em flor -
    são poesia aos quadradinhos…

    Beijinho
    João

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  2. Cai perde os sentidos...
    E nasce um belo poema
    Ainda que o EU estilhaçado
    Se una numa demora infinita no azulejo partido
    Que a poetisa com paciência tenta colar...

    Bjs dos outros Alpes...

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  3. Minha querida
    Que belo poema...adorei.
    Deixo um beijinho e o meu carinho

    Sonhadora

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  4. às vezes tem de ser assim, e nem sempre um outro poema arrumado faz o poema - eu erguer!!

    Sei o nome do Autor desse trabalho digital a 3D...Ele fez uma longa série... DAVID HO
    Veja o site do Autor - http://www.davidho.com/

    Risos...

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  5. Ah, tem de andar lá no site... isso faz parte da série : ''block series'' do David Ho

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  6. OBRIGADO NSEO! Você é aquela pessoa sempre especial! A informação preciosa que me deu já foi adicionada! Sabe que desde que a conheci respeito ainda muito mais o mérito dos autores das imagens que infelizmente seguem tão mal utilizados pela net fora! UM BEIJÃO

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  7. No ritmo de martelo em bigorna, o poema se constrói. abraço

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  8. Ai que exagero, Miss carmen!!! Você é que é um espanto de especial!!! Os seus olhos, eles são duas órbitas ao vivo que se lançam e ficamos enfeitiçados!!!

    BEIJOCAS... estou atrasada na resposta... mas é melhor ser a papel... risos...

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