terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O que não se diz






















Querer ter sempre a última palavra
É, às vezes, a derradeira estocada
Qual faísca a cegar o olho, qual mal que a língua lavra
A repentina mas certeira cutilada
Um cavar brechas no fundo do ser
Um não parar até o peito do outro fender
Dar o rasgo vertical definitivo
À imagem feliz
Por não saber calar
O que não se diz!

(Carmen Cupido)

1 comentário:

  1. [um sentir profundo,

    que faz do corpo folha de papel,
    quadro onde se faz risco o giz]

    um imenso abraço, Amiga Carmen

    Leonardo B.

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